sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

MHIF no SEPE 2009

O Museu Histórico-Cultural das Irmãs Franciscanas participou do último Simpósio de Ensino, Pesquisa e Extensão (SEPE), realizado no mês de novembro no Centro Universitário Franciscano (UNIFRA). No dia 11 de novembro, os trabalhos já estavam expostos: "Museu Histórico-Cultural das Irmãs Franciscanas: Práticas Museológicas de Preservação da Memória" e "Museu Histórico-Cultural das Irmãs Franciscanas: Um Espaço de Sociabilidade, Ensino e Memória". As autoras foram entrevistadas por uma aluna do curso de jornalismo, e as matérias foram publicadas no site Noticiência Digital, projeto do curso de Comunicação Social hab. Jornalismo da UNIFRA. Leia abaixo.

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Fotos também são ferramentas históricas. O pôster da acadêmica de história da Unifra, Janaína Vargas, exposto no SEPE (Simpósio de Ensino Pesquisa e Extensão), é prova desta afirmação. Ela trabalha no setor de conservação do Museu Histórico Cultura das Irmãs Franciscanas e mostrou a realização da preservação do acervo iconográfico do local. Entre elas estão fotos trazidas de países como Europa, Holanda, Itália e Alemanh
a, desde a década de 70, onde elas realizam missões. São mais de 3 mil fotos que passam por tratamento digital e em seguida pelo processo de eternização.

Janaína contou que a preservação é feita com papel PH Neutro, estilete, réguade aço, espátula de osso e lápis 6B. As imagens são transformadas em espécies de folders e trazem também conteúdo oriundo de relato oral das irmãs. Cerca de 12 entrevistas for
ma realizadas pela aluna. “Elas identificam elementos do retrato e dos objetos do museu para que possamos fazer uma contextualização, já que por trás deste objeto existe uma história”. A irmã Clara Leal Soares está entre as entrevistadas. Ela, que atuou por muito tempo no Hospital de Caridade Astrogildo de Azevedo, contou como eram os materiais utilizados na área de saúde da época, como a seringa de vidro, que só substituía a agulha para tratar os pacientes.
Além do relato oral das irmãs, existe ainda a consulta a livros, sobre determinados objetos.
A experiência adquirida por Janaína para tratar do acervo veio da disciplina de Museologia, conta. A idéia da valorização de um espaço que sirva não só para guardar coisas velhas, mas para gerar identificação nas pessoas com a sua história, são lições do curso, segundo a acadêmica.
As fotos serão expostas alternadamente no museu, já que nem todo o trabalho pode ser divulgado por conta do espaço físico restrito do local.

Camila Gonçalves



O Museu Histórico Cultural das Irmãs Franciscanas também foi explorado no SEPE (Simpósio de Ensino Pesquisa e Extensão) 2009 da Unifra pelo viés educativo. O pôster, de autoria da responsável pelo museu, Irmã Ivone Rupolo e da auxiliar administrativa, Franciele Roveda foi denominado “Um espaço de sociabilidade, ensino e memória”.

Como lembra a irmã Ivone, a ação educativa não ocorre só na sala de aula, mas em diferentes lugares, principalmente quando se trata de história. “Desperta toda esta questão da curiosidade, interação do adulto com objeto, para toda cultura, todo conhecimento para toda uma prática educativa que venha contar a história”, completa.
Lá existem duas salas de exposição e salas destinadas à Madre Madalena, precursora das irmãs e à história da congregação, desde 1903, quando as suas representantes chegaram a Santa
Maria. O público visitante é diverso, vai de alunos de séries iniciais a alunos mestrandos. Para isso, a linguagem tem que ser adaptada no acompanhamento dos grupos. Por este motivo também, as visitas são feitas mediante agendamento, dando tempo para que sejam expostos os objetos adequados aquele público, entre as mais de 23 mil peças museológicas. No ano passado foram contabilizados 310 visitas.
Muito além dos painéis, que ajudam a contextualizar a história de cada objeto, os visitantes conseguem interagir com a história, como no caso da marimba, um instrumento musical de madeira que era usado em rituais litúrgicos na Guatemala. “Tem toda essa comunicação do objeto com o visitante reportando para os momentos da história, na década de 70,
80 onde as irmãs coletaram rádios antigos, objetos representam missão das irmãs como Guatemala e Tanzânia”, detalha Franciéle.

O museu existe há dois anos, mas o acervo foi coletado há 35 anos. Ele fica na Avenida Medianeira, ao lado do supermercado Nacional.
Camila Gonçalves

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Algumas fotos da equipe no XIII SEPE :